Preconceito

Entretanto, a falta de conhecimento da população sobre o assunto mostra-se preocupante. Uma reportagem do Correio Popular (http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/05/capa/campinas_e_rmc/54115-grupo-protesta-contra-abrigo-para-mendigos.html) mostra que a instalação de um centro no qual moradores de rua teriam alimentação, cuidados de higiene pessoal e cursos de capacitação foi muito mal recebida pelos moradores e comerciantes da região. O Centro, chamado Centro Pop - Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua-, era localizado antigamente próximo ao Terminal Central, ponto conhecido pela forte presença do tráfico de drogas, por isso foi planejada a mudança para uma área na Rua José Paulino. A reação dos moradores - que inclusive organizaram um abaixo-assinado para evitar a instalação do centro - é uma pequena amostra do preconceito que moradores de rua sofrem. Mesmo sendo o Centro um local que poderia impulsionar a volta destas pessoas à sociedade, inserindo então novos consumidores e mão de obra, os comerciantes da região revoltaram-se (Apesar dos protestos, o Centro Pop II foi inaugurado no final de 2013 (http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=20813), com capacidade para atender até 100 pessoas).

Este tipo de reação já seria preocupante por si só, mas torna-se pior quando se leva em conta que a maioria dos moradores de rua de Campinas não tem conhecimento dos serviços oferecidos pela Prefeitura, como afirmado pela coordenadora do Programa de Proteção aos Moradores em Situação de Rua, Cátia Gonçalves (http://digitaispuccampinas.wordpress.com/2013/04/05/campinas-inaugura-sua-primeira-casa-de-passagem/).